quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Homem e Meio Ambiente

para refletir:

Edgar Morin sentencia: "Estamos num período em que a disjunção entre os problemas éticos e os problemas científicos pode se tornar mortal se perdermos nossas vidas humanistas de cidadãos e de homens"¹.

Konrad Lorenz, pensador dotado de grande senso poético em sua escrita, reflete que pouco nos admiramos quando observamos que o avanço da civilização se acompanha de um lamentável processo de tornar cidades e campos cada vez mais feios.²

Anthony Giddens, "visto que os perigos representados pelo aquecimento global não são palpáveis, imediatos ou visíveis no decorrer da vida cotidiana, por mais assustadores que se afigurem, muita gente continua sentada, sem fazer nada de concreto a seu respeito. No entanto, esperar que eles se tornem visíveis e agudos para só então tomarem medidas sérias será, por definição, tarde demais" 4

Hans Jonas (1903- 1993) tratou dos problemas sociais e éticos trazidos com o advento da tecnologia. É conhecido pela obra "O Princípio da Responsabilidade"

Wilton Borges e Jelson Oliveira, "a vida humana continua sendo o critério ético fundamental, mas é preciso reconhecer que ela não existe isoladamente, e mais: que ela se inter-relaciona com todas as outras formas de vida no planeta" 7 .

Conforme argumenta Nietzsche, "ao contrário do que hoje se crê, a humanidade não representa uma evolução para algo de melhor, de mais forte ou de mais elevado. O 'progresso' é simplesmente uma ideia moderna, ou seja, uma ideia falsa. O europeu de hoje vale bem menos do que o europeu do Renascimento; desenvolvimento contínuo não é forçosamente elevar-se, aperfeiçoar-se, fortalecer-se" 8 .

¹MORIN, E. Ciência com Consciência, p. 129
²LORENZ, K. Os oito pecados morais do homem civilizado, p. 29.
4 GIDDENS, A. A política da mudança climática, p. 20.
5 JONAS, H. O princípio responsabilidade, p. 63-64.
6 BORGES & OLIVEIRA, Ética de Gaia, p. 52
8 NIETZSCHE, F. O Anticristo, § 4
9 BECK, U. Sociedade de risco, p. 315.
10 NIETZSCHE, F. Genealogia da Moral, p. 102

http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/62/artigo227742-3.asp

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